Por Roberto Barroso, Postulante da Comunidade de Aliança.
Ontem à noite enquanto passava os canais da TV em busca de um bom programa para assistir, tarefa cada vez mais difícil ultimamente, parei ao perceber que um programa jornalístico do SBT tratava sobre “Barriga de Aluguel”.
Dentre as histórias apresentadas, destacaram-se duas: a de um casal cuja amiga “cedeu” seu útero para gerar o embrião fecundado em laboratório; e a de uma relação homoafetiva na qual dois homens alugaram uma mulher para gerar filhos com o material genético que lhes pertencia.
Por si só o ato de “alugar o ventre” é imoral, pois se comercializa um dom de Deus, atingindo a própria dignidade do ser humano, além de trazes prejuízos para todos os que se relacionam ao evento. Neste sentido, na mesma reportagem, um psicólogo afirmava que a mãe que aluga seu ventre enfrenta os mesmo traumas de uma mãe que aborta.
Via de regra, nos casos de barriga de aluguel, o casal que aluga quer utilizar o material genético que lhes pertence, sendo necessário que haja uma fecundação in vitro, com a posterior inseminação do embrião no útero alugado. Desta forma, enfrentaremos todas as questões pertinentes ao tema, tais como: eliminação/congelamento de embriões, redução embrionária, dentre outras. As quais tornam o ato contrário aos desígnios de Deus para a criação.
Lembrando ainda, que estaremos comercializando a maternidade, ou seja, estaremos vendendo o ventre. E os valores cobrados são altíssimos. Um casal de repórteres se fez passar por interessado e descobriu que se cobrava por volta de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para a venda da barriga.
Aconselho a leitura da Instrução Dignitas Personae a qual trata sobre algumas questões de bioética. Neste sentido segue link para o texto: ://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20081208_dignitas-personae_po.html. Lendo conheceremos melhor o ensino da Igreja sobre o tema.
Shalom!
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